Era
tarde da noite quando ouvi vários ruÃdos. Estava em meu quarto e sozinha em
casa, todos haviam saÃdo para uma festa que eu não queria ir, desci as escadas
o mais silenciosamente que pude e me deparei com uma cena pouco provável, dois
homens que não consigo descrever realmente com lanternas muito suspeitas em
mãos. Logo pensei serem meus amigos tentando me pregar uma peça, mas logo
descobri que não eram. Mal me movi e um deles já estava
atrás de mim em menos de um segundo, não pude acreditar no que via só poderia
estar sonhando. De repente uma dor aguda do lado do pescoço e só o que pude ver
foi uma briga entre os dois, e logo desmaiei...
Quando
acordei me deparei com uma sala toda fechada sem janelas com uma luz fraca
acesa. Eu me encontrava despida, deitada em uma cama com lençóis de um vermelho
carmesim que parecia ser de seda pela macies do tecido.
Levantei
me enrolei em um dos lençóis e sai à procura de uma porta e uma explicação do
que estava acontecendo. Não encontrei nenhuma porta. Comecei a ficar com medo,
passaram se horas ate que ouvi um ruÃdo perto de uma das paredes. Ouvi vozes,
pareciam discutir algo. Sentei na cama e fiquei atenta esperando ver por onde
entrariam, ou se me tirariam daquele lugar.
Passaram-se
alguns minutos, cheguei a pensar que estava imaginando coisas e que na verdade
não havia ninguém. Mas de repente ele apareceu ali em minha frente. Apareceu,
não passou por nenhuma porta, apertei os olhos para ter certeza de que era
real. Um homem enorme, com uma regata preta justa e uma calça jeans desbotada,
através da regata era possÃvel ver seus músculos bem torneados, sua pele branca
contrastava com o preto da roupa.
Ele
ficou parado em frente à cama me observando, fiquei estática, coberta pelo
lençol, sem saber o que fazer. Olhei para o seu rosto, parecia calmo tinha
olhos de um azul elétrico que eu nunca tinha visto, e uma boca pequena que
formava uma linha quando contraÃda. Ele era muito atraente, eu estava ficando
excitada. Ele me olhou nos olhos e deu um breve sorriso, não sei por qual
motivo, fiquei vermelha.
- Onde estou? – criei
coragem para perguntar – quem é você? O que quer de mim?
- Tem fome? – ele perguntou
com uma voz rouca que arrepiou todo o meu corpo.
Naquele
momento percebi o quanto sentia fome, mas não deveria me importar com isso
neste momento, deveria?
- Sim, mas... – nem bem
terminei de dizer sim e ele desapareceu, como fumaça. E antes que eu pudesse
pensar ele já estava de volta, com uma bandeja com uma tigela de morangos, um
prato com arroz e um bife muito mal passado, um copo de água e uma taça do que
parecia vinho.
Ele
também trouxe roupas, largou a bandeja em uma mesa no canto, que eu ainda não
havia notado, e me alcançou uma trouxa de tecido.
- Vista.
Fiquei
esperando que ele saÃsse do quarto, mas logo percebi que ele não faria isso.
Levantei e peguei a roupa que ele estendia. Um lingerie vermelho e preto, muito
sensual, e uma camisola de alças finas e totalmente transparente. Naquele
momento pensei que seria melhor ficar sem nada, me dirigi a um canto do quarto,
ainda enrolada nos lençóis dei as costas para ele e comecei a me vestir. Podia
sentir os seus olhos em mim.
Quando
me virei para voltar à cama ele não estava mais lá. Me senti meio decepcionada,
queria respostas e já bolava um plano de seduzir aquele homem, não seria nenhum
sacrifÃcio, há muito tempo não encontrava alguém que me deixasse excitada só
com o olhar.
Peguei
a bandeja para comer, tudo estava muito saboroso, os morangos eram suculentos e
doces. Só achei estranho o vinho, era adocicado e meio espesso, não conhecia
muito sobre vinhos e nem gostava, mas quando percebi já havia esvaziado a taça.
Fiquei esperando que alguém aparecesse, mas nada aconteceu. Acabei adormecendo.
Acordei
com um sussurro no meu ouvido, uma voz rouca e doce. Abri os olhos, mas não
enxerguei nada, quase entrei em pânico até perceber que estava vendada, tentei
tirar a venda até que percebi que minhas mãos estavam amarradas, acho que na
cabeceira da cama, minhas pernas também.
Senti
uma mão passar pelo meu corpo e percebi que estava só de lingerie. Um arrepio
perpassou pela minha espinha, senti medo, mas estava excitada com a situação,
sentia o meu corpo febril, suor escorria pelas minhas têmporas e minha
respiração já estava ofegante, meu corpo me traia. Deveria estar totalmente
apavorada, mas invés disto me sentia alerta e excitada.
Um
grunhido baixo veio do meu lado e me arrepiou da cabeça aos pés, senti alguém
se aproximando de mim, recebi um beijo de leve nos lábios, e logo ele descia
pelo meu corpo, beijando e sussurrando em minha pele, me deixando totalmente
acordada e excitada. Meu sutiã foi aberto pela frente, e logo ele tomava meus
seios, lambendo e chupando com voracidade, me deixando em frenesi.
Mas
de repente ele parou. Levantou da cama e foi embora. Me deixou totalmente
excitada, amarrada na cama, vendada e com o sutiã aberto. Fiquei muito tempo
esperando que ele voltasse, mas nada aconteceu. Acabei adormecendo.
Acordei
desamarrada, ao meu lado na cama havia uma bandeja com vinho tinto, um prato
com carne muito mal passada e um pedaço de pão, não sabia se era manhã ou tarde
mas estava faminta. Comi tudo de um folego, a carne estava tão suculenta que
cheguei a aguar a boca.
Pouco tempo depois ele apareceu, sem camisa, olhei para
ele fascinada, nunca havia visto um homem tão bonito como aquele, fiquei sem
palavras, esqueci de perguntar porque estava ali.
Ele
veio em minha direção, me encolhi na cama, ele chegou bem perto passou a mão
pelo meu braço, deslizando do ombro até o pulso, com delicadeza pegou uma fita
e amarrou meu pulso á cama. Fez o mesmo com a outra mão, eu já me encontrava
excitada, fiquei esperando que ele me vendasse novamente, mas ele sentou-se ao meu
lado e falou:
-
Meu nome é Dominique, - ele disse com a voz rouca que quase me fazia delirar –
eu a escolhi para ser minha, mas não vou obriga-la. – olhou profundamente em
meus olhos – eu sou um vampiro.
Neste
momento eu quase ri, só podia ser brincadeira, mas ele deu um leve sorriso e vi
as presas enormes em sua boca, fiquei estática, não sabia se gritava, chorava
ou se desmaiava nada daquilo parecia certo.
-
Este vinho que você tomou tem o meu sangue, você pode escolher se tornar minha
e completar a transmutação, é só beber o meu sangue durante o sexo, enquanto eu
bebo em você. – fiquei vermelha na hora. Não sabia o que pensar.
- E
se eu não quiser?
-
Vou apagar sua memória e você não vai se lembrar de nada, vai pensar que em os
três dias que esteve aqui estava doente em casa.
-
Vai doer? – ele abriu um belo sorriso quando perguntei isso. – E depois vou
virar uma louca assassina? – ele franziu o cenho.
- Na
mutação você só sentira prazer, muitos orgasmos – e dizendo isso lambeu os
lábios, me deixando muito quente. – Bebemos sangue humano, mas nos mantemos com
sangue da nossa própria espécie. Machos se alimentam de fêmeas e fêmeas se
alimentam de machos.
-
Posso pensar?
-
Você tem uma hora... depois disso serei obrigado a limpar o seu sangue, e não
se lembrara de nada. Até lá pense com carinho. – ele se aproximou novamente,
lambeu meus lábios e desatou meus pulsos, seu olhar estava meio decepcionado,
acho que ele esperava que eu decidisse na hora. Logo depois ele saiu, me
deixando com os meus pensamentos por uma hora.
Eu
já havia decidido... na hora em que ele fez a proposta eu já não tinha duvidas
de que queria aquilo. Não tenho famÃlia ou amigos que se preocupem comigo, não
tenho bens, e não tenho emprego, acabara de ser demitida. E aquele homem,
vampiro, me desejava pela primeira vez em meus 25 anos de vida me sentia livre
para fazer qualquer coisa. Eu estava decidida.
Quando
ele voltou, deitei-me na cama e não disse nenhuma palavra. Ele amarrou meus
pulsos e me olhou, em seus olhos enxerguei a fome e por um momento tive medo.
Ele se debruçou delicadamente e me beijou nos lábios, mandando arrepios por
todo o meu corpo. Lentamente me beijava, me fazia delirar com suas mãos
passeando por todo meu corpo, quando dei por mim já me encontrava sem a
calcinha e o sutiã.
Ele
tirou a roupa e seu membro era enorme me deixando ainda mais excitada, ele
subiu na cama chegou perto de mim, e sussurrou com a voz rouca em meu ouvido:
-
Minha.... vou te tornar minha...
Ele
me possuiu de uma forma bruta e deliciosa, deslizava por cima de mim com sua
pele já coberta de suor, eu já estava enlouquecida a ponto de ter um orgasmo.
Neste momento ele cravou suas longas presas em meu pescoço, uma pequena dor me
invadiu seguida de um prazer intenso, tive um orgasmo como eu nunca havia tido
antes.
A
transformação foi excitante, desde aquela noite sexo é o meu alimento,
Dominique me faz delirar todas as noites e a cada dia fico mais forte com o seu
sangue... Ele me contou que sentiu meu cheiro a uma quadra de distancia no dia
em que me surpreendeu. Seu parceiro não aprovou e foi embora naquele dia. Mas
ele disse que não se arrepende em nenhum momento. Sabia que eu aceitaria, que
seria sua e que ele seria meu.
Minha
escolha não foi difÃcil, me tornei mais bonita, mais forte e mais voraz.
Abandonei a vida medÃocre que tinha. Não me arrependo. E agora vamos em busca
de uma famÃlia. Mais pessoas como eu. Pessoas que querem mudar.
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