Depois de muito tempo
sozinho resolvi procurar uma companheira, as mulheres me satisfazem por um
momento, mas logo me canso delas. Uma companheira poderia mudar isso. Ela
estaria sempre a minha disposição. E eu escolheria uma companheira perfeita.
Na verdade, já tenho em
mente uma mulher perfeita para mim. Ela é voluptuosa e cheia de energia, eu a
encontrei em um bar a mais ou menos um ano. Eu ainda guardo a sua calcinha, e
só de pensar em seu cheiro já fico excitado.
“Ela não deve se lembrar
de mim” - pensei, mas logo decidi que a procuraria… Mina é o seu nome.
****
Depois daquela noite no bar eu sempre voltava lá,
pelo menos uma vez por semana. Nunca perdi a esperança de reencontrar aquele
homem maravilhoso que lhe dera o melhor orgasmo da sua vida. Hoje era um dia
muito bom, me sentia confiante e com muita energia.
Não que eu não tivesse saído com outros homens, na
verdade no último ano tinha ficado com mais homens que em toda a sua vida
adulta, estava em busca de experiência, e havia conseguido, tanto boas como
ruins.
****
Resolvi ir atrás dela, atrás da mulher que povoa os
meus sonhos e pensamentos a quase um ano. Não sabia como eu a encontraria, mas
resolvi procurá-la no mesmo lugar que a encontrei da primeira vez. Fui ao bar,
antes de chegar a porta já senti o seu cheiro, tive muita sorte, fiquei duro na
mesma hora precisei ajeitar a calça para que não me apertasse.
Entrei no bar e olhei em volta, procurando por
aquela que seria minha companheira eterna. Logo a vi, rodeada por dois homens
que obviamente a queria, a desejavam. Um rosnado baixo subiu involuntariamente
pelo meu peito, já me sinto como seu dono sem nem mesmo te - la possuído por
mais que uma vez.
Ela virou o rosto em minha direção como se sentisse
a minha presença, olhou profundamente em meus olhos, com um desejo ardente que
me deixaram pegando fogo. Ignorou os dois admiradores que a cercavam e foi em
direção a porta lateral do bar. Não era a porta do escritório onde havíamos
ficado na primeira vez. Será que ela está fugindo? Não, ela não irá escapar tão
facilmente de mim, ela será minha… para sempre.
****
Eu o enxerguei através da fumaça espessa de cigarro
que pairava por todo o bar, ele me encarava com seus olhos penetrantes, como se
fosse um fantasma que viera me assombrar. Logo meu corpo transpirava desejo.
Meu primeiro instinto foi ir ao pequeno escritório, mas sabia que estaria
trancado - eu o visitava às vezes - então resolvi sair para o espaço reservado
para fumantes, ninguém o usava mesmo. Não olhei para trás, sabia que ele me
seguiria, sentia o seu desejo, era tão forte quanto o dela própria.
Entrei pela porta e me virei, e ele já estava lá,
com a mão na maçaneta, trancando a porta por dentro e olhando firmemente para
mim.
- Olá - ele disse - você lembra de mim?
- Como não lembrar? - Eu disse olhando em seus olhos
- por muitas noites a lembrança daquele escritório me aqueceu.
Ele soltou um grunhido animalesco e veio em minha
direção, mesmo com todo o desejo que sentia me senti ameaçada e recuei até a
parede.
Ele me prensou contra a parede, segurou meus pulsos
e os levou delicadamente acima da minha cabeça. Deu um beijo suave em minha
orelha, que me arrepiou toda a nuca, logo nos beijávamos com fervor, eu ainda
com as mãos presas me sentia dominada e isso só tornava tudo mais excitante.
****
Meu corpo pulsa de desejo por Mina, saber que aquela
noite povoa os sonhos dela assim como povoa os meus me deixou completamente
louco. Senti um pouco de medo vindo dela, mas sua excitação superava qualquer
outro sentimento.
Prendi seus pulsos, e a beijei como devia, e logo
nos embolávamos no desejo mutuo. Soltei devagar seus pulsos e logo suas mãos
passeavam pelo meu corpo, como se não acreditasse que eu realmente estava ali.
Logo seu vestido foi arrancado, me afastei um pouco
e admirei seu belo corpo. Ela usava um lingerie de renda preta que era quase
transparente. Seus seios entumecidos pelo desejo eram lindos. A espremi contra
a parede novamente, arranquei seu sutiã e tomei seus seios em meus lábios. Seus
gemidos de prazer só me incentivavam e logo ela teve um orgasmo.
Tomei-a de pé, ela passou as pernas por minha
cintura e contra a parede eu a tomei, ela se encontrava totalmente excitada.
Passamos toda a noite aproveitando aquele reencontro, dando prazer um ao outro.
Durante todo o tempo fui aos poucos sugando seu sangue, quanto mais extasiada
ela estava mais sangue eu tirava.
Mordi seu pescoço, seus seios e coxas e tomei para
mim quase todo o seu sangue, no seu último orgasmo rasguei meu pulso e dei para
que ela sugasse. Ela adormeceu com meu sangue em seus lábios, levei - a para o
meu esconderijo, logo ela acordaria para a noite…
Acordei com uma sede enorme, olhei em volta e a
escuridão do quarto me surpreendeu. Não fiquei surpresa por estar escuro, mas
sim por eu poder enxergar muito bem apesar da escuridão. Senti um cheiro forte
de suor e sexo, e ouvi pássaros cantando, ao que me parecia ser bem longe.
- Se sente bem? - Ele disse com uma voz rouca que eu
reconheceria em qualquer lugar - Quer algo?
- Estou bem… mas onde estou? - Ele se aproximou e
sentou - se ao meu lado na cama e disse:
- Está em minha casa… tem certeza que não quer nada?
Não está com sede?
- Bem… estou sim, pode me dar um pouco de …- de que
eu tenho sede? - Água.
- Não é água que você quer - e dizendo isso se levantou
e foi em direção a porta - já volto.
Meus dentes doíam, levantei e fui em busca do
interruptor da luz, logo o encontrei, mas quando liguei a luz ela me feriu os
olhos e com um salto eu estava de volta a cama com os lençóis negros cobrindo o
meu rosto.
Ouvi um ruído de passos, a porta se abriu e John
entrou por ela acompanhado de um homem que cheirava a bebida, presumi que ele
estava bêbado já que não os enxergava.
-
Porque ligou as luzes? Só vão machucar os seus olhos - e dizendo isso ele as
desligou depois de sentar o homem em uma cadeira no centro do quarto, me senti
aliviada, a pressão da luz estava me deixando meio doente.
-
Ainda com sede? - Ele perguntou suavemente - trouxe algo para você. - Retirei o
lençol do rosto e fiquei procurando o que ele havia trazido. Percebi que ele já
estava sentado em uma cadeira ao lado da cama. Foi quando senti, aquele cheiro
doce e suculento que se espalhava lentamente pelo cômodo. Percebi que John
tinha uma pequena faca na mão.
Olhei em frente, o homem que se encontrava sentado
passava a mão pelo pescoço e parecia chocado com o que via. Antes que eu me
desse por conta me encontrava de pé só de calcinha em frente ao homem. Sentei
em seu colo passando as pernas pela sua cintura e comecei a lhe beijar o
pescoço, quando o sangue tocou meus lábios presas afiadas despontaram de minha
boca e eu sabia exatamente o que fazer.
Com um prazer indescritível cravei as presas no
pescoço do homem. Ele começou a se debater, mas eu o pressionei e o fiz ficar
no lugar, cada movimento que ele fazia só aumentava o meu prazer, eu parava de
sugar em lugar só para cravar os meus dentes afiados em outro, logo ele já
estava com marcas sangrentas por todo o pescoço. Era excitante o modo como ele
se debatia, e para tornar mais interessante eu podia sentir os olhos de John
sobre mim, o homem parou de se mexer. Já me sentia satisfeita, sai de cima dele
e o empurrei, seu corpo caiu com um baque no chão, e eu fui em direção a John.
Ele me observava e silencio, eu sabia que de meus
lábios escorria sangue, e que meus seios estavam descobertos e provavelmente
com sangue também, mas isto pouco importava, minha presa agora era outra… e meu
desejo não era de alimento.
****
“Que predadora formidável” - pensei. Nunca uma
mulher me surpreendeu desta maneira, já presenciei muitas transmutações,
geralmente as mulheres hesitavam na primeira alimentação. Mas Mina não. Ela não
hesitou sequer um segundo, sugou o homem como se fosse a coisa mais natural
para ela, e agora vem em minha direção, com os olhos vermelhos e dilatados pela
excitação, só de calcinha de renda preta e com os lábios cobertos de sangue
fresco.
O desejo que seu corpo desprendia é palpável. Ela me
observa como uma presa.
Me encontro sentado, ela vem até mim e me enlaça com
as pernas como fez com o homem, me beija lambuzando-me com sangue e me deixando
totalmente excitado. Fizemos sexo por horas, sem parar para descansar, como
animais no cio, como amantes que se encontraram pela primeira vez depois de
muito tempo.
- O
que eu sou agora? - Ela me pergunta na cama.
-
Você é minha - digo mostrando os dentes,
- minha vampira.
Ela sorri.
- Eu
sabia que você era diferente - olha em volta - gostei disso, me sinto livre.
-
Sim, você é livre, - olho em seus olhos - mas ainda tem muito que aprender.
Olho em direção ao corpo do homem caído no chão,
“preciso sumir com esse corpo” - penso.
- Eu
o matei? - Ela pergunta olhando em direção ao corpo - Espero que sim, enquanto
bebia dele pude ver o que fez com todas aquelas garotas.
Precisei sorrir, ela é mesmo formidável, já na sua
primeira alimentação leu os pensamentos da vítima. Incrível.
-
Sim ele morreu, na verdade o escolhi pelas vítimas, - olhei para ela - não
costumo pegar pessoas inocentes, a não ser que seja extremamente necessário.
- Eu
queria que ele sofresse - disse com ódio nos olhos - mas não consegui me conter
-
Com o tempo minha Mina, você aprenderá.
****
Eu sou forte, eu sou linda e eu sou uma predadora.
Eu gosto de sangue e eu gosto de vê-los sofrer. Assim é minha vida agora, nem
sempre posso matar, mas John não resiste aos meus pedidos, sempre acaba
cedendo, mas eu sei que não posso abusar.
Ele diz que sou perfeita, que escolheu bem, agradeço
por tudo o que ele fez. Estou aprendendo, cada vez que me alimento fico mais
forte e mais poderosa. Sou ligada a John, ele é o meu criador, o meu mestre.
Estou satisfeita com isso, ele faz o que eu quero, eu sou a sua fêmea e
enquanto eu estiver feliz ele viverá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário