Peter e sua raposa são inseparáveis desde que ele a resgatou, órfã, ainda filhote. Um dia, o inimaginável acontece: o pai do menino vai servir na guerra, e o obriga a devolver Pax à natureza. Ao chegar à distante casa do avô, onde passará a morar, Peter reconhece que não está onde deveria: seu verdadeiro lugar é ao lado de Pax. Movido por amor, lealdade e culpa, ele parte em uma jornada solitária de quase quinhentos quilômetros para reencontrar sua raposa, apesar da guerra que se aproxima. Enquanto isso, mesmo sem desistir de esperar por seu menino, Pax embarca em suas próprias aventuras e descobertas.
Alternando perspectivas para mostrar os caminhos paralelos dos dois personagens centrais, Pax expõe o desenvolvimento do menino em sua tentativa de enfrentar a ferocidade herdada pelo pai, enquanto a raposa, domesticada, segue o caminho contrário, de explorar sua natureza selvagem. Um romance atemporal e para todas as idades, que aborda relações familiares, a relação do homem com o ambiente e os perigos que carregamos dentro de nós mesmos.
Pax emociona o leitor desde a primeira página. Um mundo repleto de sentimentos em que natureza e humanidade se encontram numa história que celebra a lealdade e o amor.
"— Criei minha raposa desde que ela era filhote. Minha raposa confiava em mim. Ela não sabe sobreviver lá fora. Não importa se é “só uma raposa”... É assim que meu pai diz, “só uma raposa”, como se não fosse um animal tão bom quanto um cachorro, por exemplo."
Opinião:
Como eu tenho aquela minha famosa mania de não ler as sinopses dos livros, comecei Pax sem ter a mÃnima noção do que esperar. Mas eu ganhei a grata surpresa dessa leitura tocante. Uma leitura que nos envolve e nos comove.
Uma raposa e um menino inseparáveis, mas que por forças maiores que não podem controlar, são separados de uma maneira devastadora. O menino sozinho no mundo após fugir em busca de seu melhor amigo, Pax, precisa enfrentar grandes desafios. Como sobreviver no mundo se é apenas uma criança. O mundo, vale lembrar, está em guerra. Pax, é uma raposa domesticada e como enfrentar o mundo lá fora, sem ninguém para lhe dar sua comida, sem lugar para se abrigar. Seus instintos selvagens será que vão retornar agora que é necessário?
Acompanhamos as dificuldades por que ambos precisam passar. Os capÃtulos se alternam entre eles e nos vemos na situação de querer poder ajudar eles nesse momento. O menino não esquece o seu amigo, mas será que um animal vai esquecer o "seu humano"? E a sobrevivência com outros animais e com outras raposas. Além desses desafios, há também o desafio de campos e territórios tomados por bombas e soldados.
Uma história que toca o coração, realmente. Por diversas vezes, enquanto lia, me recordava de O pequeno prÃncipe. Entretanto o final do livro, ao meu ver, deixou a desejar. Eu fiquei pensando que ou vai ter um segundo livro ou então, eu vou seguir sofrendo por não ter um desfecho melhor.
Apesar desse ponto, eu sigo indicando a leitura. Confira e seja também tocado por essa comovente narrativa.
"A verdade mais simples pode ser a coisa mais difÃcil de enxergar quando envolve a nós mesmos. Se você não quiser ver a verdade, vai fazer o que for preciso para disfarçá - la."
Ficha técnica
Autora: Sara PennypackerPáginas: 288
Skoob: Pax
Onde comprar: Amazon
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