Sinopse: Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.
Não existe isso de pessoas ruins. Todos nós somos humanos e, às vezes, fazemos coisas ruins.
Não vou mentir para vocês, estou parada aqui a exatamente 1 hora e 23 minutos. Eu não sei nem por onde começar... Prometo que vou tentar fazer o melhor que eu puder.
Esse é o segundo livro com a temática de violência doméstica que eu leio esse ano, o primeiro foi Sorrisos Quebrados, e ambos me impactaram muito, muito mesmo.
Minha amiga Claudia do Ig Diário de Três Leitoras fez uma pesquisa a respeito e compartilhou com a gente alguns dados que me deixou ainda mais assustada, a sensação de impotência tomou conta de mim. Mas esse livro da Colleen foi infinitamente superior a Sorrisos, e por isso estou aqui.
Esse é o segundo livro com a temática de violência doméstica que eu leio esse ano, o primeiro foi Sorrisos Quebrados, e ambos me impactaram muito, muito mesmo.
Minha amiga Claudia do Ig Diário de Três Leitoras fez uma pesquisa a respeito e compartilhou com a gente alguns dados que me deixou ainda mais assustada, a sensação de impotência tomou conta de mim. Mas esse livro da Colleen foi infinitamente superior a Sorrisos, e por isso estou aqui.
Vamos acompanhar Lily Bloom que está morando em Boston já adulta e formada, pronta para começar de vez sua vida porém, os fantasmas do passado ainda a atormentam. O livro começa após Lily fazer o discurso no enterro do pai a pedido de sua mãe, a ideia é que ela fale sobre coisas boas na qual se lembre, só que ela não tem nada.
Os momentos bons ficam enterrados em meio ao sofrimento de ver a mãe ser agredida e submetida aos caprichos de um homem que não causa nada além de repulsa na própria filha. Forte né? Os sentimentos de Lily variam desde as dúvidas "Por que ela não vai embora?", "Por que ela aceita?" até julgamentos. Mas e quando a protagonista se vê no lugar da mãe?
Os momentos bons ficam enterrados em meio ao sofrimento de ver a mãe ser agredida e submetida aos caprichos de um homem que não causa nada além de repulsa na própria filha. Forte né? Os sentimentos de Lily variam desde as dúvidas "Por que ela não vai embora?", "Por que ela aceita?" até julgamentos. Mas e quando a protagonista se vê no lugar da mãe?
Fecho os olhos. Lá vai ela de novo. Encobrindo o que não quer ver. Assumindo uma culpa que nem é sua.
Pois é... e ai começa o nosso misto de sentimentos também, a autora nos faz julgar, chorar e depois compreender. Faz a gente enxergar que até passar por aquilo podemos só imaginar como é o que poderíamos fazer a respeito, mas até sentir só nos resta mesmo imaginar.
Não posso saber como é passar por aquilo mas depois desse livro entendo mais sobre como é difícil, sobre como há vários e vários fatores que prendem a pessoa em um relacionamento abusivo e violento, e é exatamente isso que esse livro fez a diferença. É saber sentir que se não é a nossa realidade não nos cabe julgar, não podemos entender, não podemos opinar.
Não posso saber como é passar por aquilo mas depois desse livro entendo mais sobre como é difícil, sobre como há vários e vários fatores que prendem a pessoa em um relacionamento abusivo e violento, e é exatamente isso que esse livro fez a diferença. É saber sentir que se não é a nossa realidade não nos cabe julgar, não podemos entender, não podemos opinar.
As pessoas passam tanto tempo se perguntando por que as mulheres não vão embora... Onde estão as pessoas curiosas do porquê os homens serem violentos? Não é aí que deveria estar a culpa?
O outro lado da moeda, a visão de quem não consegue explicar, não consegue fugir, não sabe o que fazer e como agir, não consegue pedir ajuda, vive com medo. Não posso nem imaginar como é passar por isso.
Existe um site chamado Relógios da Violência, vou deixar o link AQUI ! Nesse site vemos o número de mulheres que já foram agredidas física ou verbalmente e é assustador. A cada 2 segundos uma mulher é agredida (Seja agressão física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual).
Existe um site chamado Relógios da Violência, vou deixar o link AQUI ! Nesse site vemos o número de mulheres que já foram agredidas física ou verbalmente e é assustador. A cada 2 segundos uma mulher é agredida (Seja agressão física, psicológica, moral, patrimonial ou sexual).
Não deveríamos sentir um desgosto maior pelos agressores que pelas pessoas que continuam os amando?
É um livro que recomendo mas com um pouco de cautela, pode ter gatilhos para quem sofre ou já sofreu esse tipo de violência. No final temos uma nota da autora que gente... leiam. Por hoje é isso, acho que foi uma opinião muito difícil de por em palavras mas foi de coração ! Fiquem com Deus, beijos Tia Jéh
Nota:
FICHA TÉCNICA
Parabéns pela resenha está fantástica.
ResponderExcluirNão li esse livro mas pretendo ler. Acho importante obras que abordem essa temática se violência contra a mulher, não só para abrir nossos olhos para o problema, mas também para nos alertar que ele existe sim e a cada dia aumentam as taxas de feminicidio no mundo. (O Brasil é o quinto país nesse rank de horror segundo a ONU) Acho que estamos numa era em que a frase "ela está com ele porque gosta de apanhar" muito usada por pessoas de todos os gêneros, não deve ser ouvido e sim "ela precisa de ajuda". Parabéns de novo pela resenha e parabéns por trazer um livro que mostra o quanto a vítima é sim vítima e não podemos jamais julgar.
Amei a resenha! Eu ainda não tinha me interessado a ler, mas agora tô bem curiosa pra conhecer.
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