3.01.2020

[Resenha] Invisível

Invisível • Tarryn Fisher • 256 p. • @faroeditorial 

Olá Bookaholics! 

Quando imagino que a autora Tarryn Fisher não pode mais me surpreender ela traz Invisível, um livro cheio de reviravoltas e uma intensidade impar. 

Conhecemos neste livro Margô, uma menina que vive em uma casa caindo aos pedaços, em m bairro esquecido pelas autoridades, em uma rua cheia de pessoas excluídas, que vivem as margens da sociedade. Margô não é uma garota qualquer, ela é inteligente e astuta. Vive sob a sombra de sua mãe, uma prostituta viciada com pânico de sair de casa que não lhe dá nenhuma atenção, que só a usa para sua própria comodidade. 

Ela olha para si no espelho enquanto desdobro seu robe vermelho. É meu trabalho lavá-lo duas vezes por semana. Faço isso com cuidado,pois é o seu bem mais precioso. Minha mãe é ta linda quanto uma tempestade. Ela é selvagem e destrutiva, e no meio de sua fúria sentimos o dom de destruição que ela recebeu de Deus.

Ela é uma garota infeliz, com poucos raios de luz sob sua rotina dura. Apesar de nunca ter tido uma amizade verdadeira ela acaba se envolvendo com um vizinho. Judah é um cadeirante que apesar das dificuldades da vida ainda consegue ver um futuro, ela começa a se sentir melhor quando sua amizade se intensifica com ele. Juntos eles fazem planos, e uma promessa, que não irão ficar naquele lugar para sempre. 

A tristeza é um sentimento em que você pode confiar. É mais forte do que todos os outros. Ela faz com que a felicidade pareça instável e indigna de confiança. Ela permeia tudo, dura mais e substitui os bons sentimentos com uma facilidade tão eloquente que você nem sente a mudança, até que, de repente, você está enrolado em suas correntes.

Agora Margô trabalha, tenta se afastar da rotina de sua própria vida, sempre fazendo os pequenos momentos valerem a pena, ela conhece uma pequena menina, Nevaeh, doce e ingênua que sempre tem um pequeno sorriso no rosto. 

Quando ela desaparece Margô entra em uma espiral de desesperança, e tudo começa a mudar. 

As pessoas fazem coisas ruins no escuro, sob o olhar vazio da lua. Ela está sorrindo para mim agora, orgulhosa do meu pecado. Eu não tenho orgulho. Eu não sou nada. Olho por olho, digo para mim mesma. Surra por surra.

Invisível é uma trama cíclica, muitos acontecimentos que vão e voltam a tornando em alguns pontos, repetitiva e mesmo assim consegue prender por seu desenvolvimento impar e seus personagens que são intensos e imprevisíveis. 

E no minuto em que você percebe que somos todos impostores é o momento em que tudo deixa de intimidar você: punição, fracasso e morte.

Sou bem suspeita para falar sobre os livros da autora, pois sou uma fã de suas narrativas, elas são complexas e sempre tem um ponto de transformação, gradualmente descobrimos a verdadeira essência dos personagens, às vezes eles são induzidos a coisas horríveis e outras vezes aquilo estava neles desde o início, mas sempre acabaremos conhecendo seu verdadeiro final. 

Neste livro temos algumas referências a outro livro da autora, porém se você não o eu não terá prejuízo nenhum. Além de tudo a autora deixou um bom gancho para uma continuação da história de Margô, e eu realmente espero que isso aconteça. 

Você já conhece a autora e sua obra? Já leu algum dos seus livros? Me conta aí qual!


Margô mora em uma casa caindo aos pedaços, num bairro abandonado, com sua mãe que a ignora há dois anos. Ela se sente invisível, até que a amizade com Judah, seu vizinho cadeirante, muda suas perspectivas e a desperta. Quando uma criança de sete anos desaparece em seu bairro, Margô resolve investigar o caso com a ajuda de Judah e o que ela descobre a transforma por completo. Agora, determinada a encontrar o mal, caçar todos os molestadores de crianças, torna-se a razão de sua vida. Com o risco de perder tudo, inclusive sua própria alma, Margô embarca num caminho sem volta... E o que isso diz a ela sobre si mesma? Por que decidiu fazer justiça? O que a tornou tão invisível? 

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