SINOPSE: “QUAL A ARMA MAIS LETAL DO MUNDO?OS SEGREDOS DAS PESSOAS.”
Do autor de O CASAMENTO e COLEGA DE QUARTO
Uma garota de dezesseis anos desaparece durante uma excursão escolar. Mas não se trata de qualquer garota. Dois anos atrás, ela esteve à beira da morte, e quando foi encontrada, ninguém acreditou que sobreviveria.
Agora, há dois meses desaparecida, não restam dúvidas de que esteja morta. Rastros de sangue e um colar arrancado são as únicas pistas. Pressionados, os policiais estão desesperados por respostas, mas ninguém na longa lista de suspeitos parece ter forte motivação para cometer um crime.
Até que o caso vira de cabeça para baixo e segredos muito bem enterrados emergem para revelar o lado cruel de um lugar aparentemente tranquilo. No meio de tantos possíveis culpados, os inocentes é que estão mais aflitos… porque alguns deles começaram a morrer.
Que o autor @boninivictor é um deus das reviravoltas nós já sabíamos, mas o tiro que foi Quando ela Desaparecer foi incrivelmente maravilhoso!
Em Quando Ela Desaparecer nos deparamos com uma narrativa mais jornalística, um livro relato, se é que posso chamá-lo assim. Sarah é a nossa narradora e nos conta a história que envolve muitos enlaces e desenlaces, revivendo os dias em que viveu o drama do desaparecimento de Kika.
Apesar de termos uma participação do famoso Conrado Bardeli, toda a trama se desenvolve a partir do ponto de vista de Sarah (e acho que temos uma nova personagem chave ai para o autor) e sua participação, ainda que pequena na trama trás um quê de continuidade em relação aos outros livros do autor.
Kika é uma personagem com muitas nuances, e vamos conhecendo um pouco dela através da sua mãe, durante entrevista com detetive Bardeli e vamos esmiuçando a vida de vários outros personagens com a visão de Sarah.
Só então percebemos o quanto dizer eu odeio fulano é quase sempre um exagero. Não odiávamos Kika. NO fundo, tínhamos dó dela e nos sentíamos estúpidos por ter achado que uma vida se resume a maquiagem e a uma coroa de concurso de beleza. Tenho certeza de que era isso que se passava na cabeça de cada um dos alunos enquanto o ônibus voltava da excursão. Tensos. Um ônibus gelado, parecia atravessar o Polo Norte, esquentado apenas pelas nossas respirações aceleradas.
Com um plot twist atrás do outro o autor consegue nos fazer desconfiar de 90% dos personagens. Confesso que desconfiei do real "criminoso" lá pelo meio do livro, mas mais por conversas aleatórias no grupo de parceria da editora e de resenhas lidas do que por pistas dadas pelo autor.
Com uma mistura de "Não confie em Ninguém" e "Garota Exemplar" Bonini conseguiu me fisgar de uma maneira intensa que me fez terminar o livro em poucas horas e ficar querendo saber um pouco mais.
— A realidade copia sim a arte — justifica ele. — No fim, muito se resume à jornada do herói: o conflito, a partida do protagonista, as dificuldades, as reviravoltas, o clímax e o desfecho com a volta do herói. O que eu fiz foi, digamos, colocar as cenas em ordem. O roteiro tinha sido mal editado de propósito. Só ai eu vi uma história convincente.
A seguir alguns questionamentos (que podem ser spoilers, siga por sua conta e risco).
Quem matou o pai de Kika? Durante a leitura fiquei muito curiosa com essa questão, afinal as pessoas que o socorreram descreveram o "acidente" como estranho e o mergulho dele no asfalto pareceu mais um empurrão do que um tropeço.
O que aconteceu com Melina? Uma personagem que me deixou curiosa para saber seu fim foi Melina (e seu pai o Pastor) o que terá acontecido com ela? Qual a influência que Kika teve em sua família?
Veremos mais de Sarah? Será possível que Bardeli passará seus conhecimentos a uma aprendiz e teremos uma investigadora nos próximos livros de Bonini?
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MINHA NOTA
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