SINOPSE: Você acredita nele... então porque está com tanto medo?
Uma combinação perfeita de A Sangue Frio e Making a Murder! Como confrontar quem você ama quando você não tem certeza se quer saber a verdade?
Há vinte anos, Dennis Danson foi preso pelo assassinato brutal de uma jovem no condado de Red River, na Flórida. Agora ele é o assunto de um documentário sobre crimes reais que está lançando um frenesi online para descobrir a verdade e libertar um homem que foi condenado erroneamente. A mil milhas de distância na Inglaterra, Samantha está obcecado com o caso de Dennis. Ela troca cartas com ele e é rapidamente conquistada por seu aparente charme e bondade para ela. Logo ela deixou sua velha vida para se casar com ele e fazer campanha para sua libertação. Mas quando a campanha é bem sucedida e Dennis é libertado, Sam começa a descobrir novos detalhes que sugerem que ele pode não ser tão inocente...
Rio Vermelho é aquele tipo de livro que te deixa dividido. Um suspense que é um tanto explicito, o que nos resta não é desvendar o crime, mas sim a sua natureza, ele nos faz ir em busca da motivação real dos personagens, descobrir quem os personagens realmente são acaba sendo mais importante que o mistério dos crimes em si.
Samatha é uma personagem diferente, logo de cara fiquei questionando a sua sanidade, ela se torna obcecada com o caso de Dennis Danson, acusado de matar e mutilar muitas jovens, depois de um tempo ela começa a se corresponder com ele e acaba se apaixonando.
Depois que a imagem de Dennis desapareceu da tela, Sam teve vontade de vomitar. Subjugada pela impotência, sentiu o choque de toda a injustiça do mundo e chorou.
Toda essa obsessão é explicada ao passar do livro, ela tem sérios problemas de auto-estima, se sente um fardo para o mundo e precisa de alguém para cuidar dela e para ela cuidar.
Sam releu a carta de Dennis. Ele revelou a ela algo que nunca contara a ninguém antes. Agora ela tinha um pedaço dele. Sam levava a carta a todos os lugares. Sempre que se sentia solitária, voltava a lê-la.
Samantha é perturbada, uma mulher que precisa de ajuda psicológica, isso fica explicito quando ela decide largar tudo para ir atrás de Dennis, conhece-lo pessoalmente.
Ela acaba se envolvendo com um grupo que acredita fielmente na inocência de Denis Danson, e junto com eles ela começa a conhecer os locais onde ele morou e algumas pessoas de seu passado.
Eu tive uma impressão muito forte da diferença do personagem Dennis que se correspondia com Samantha e do Dennis que ela conheceu pessoalmente, ficou muito claro que eram dois papeis diferentes representados pelo mesmo homem. Quando ele a propõe em casamento, depois de muito pouco tempo se correspondendo e poucas visitas me parece existir algo estranho, mesmo assim ela aceita e se torna a Sra. Danson.
A surpresa só se torna maior quando ele é libertado após uma denuncia anonima provar que outra pessoa matou a menina que supostamente havia sido morta por Dennis. Toda essa reviravolta não era esperada nem por ele, nem por ela. São dois estranhos que agora precisam viver juntos.
A verdade era que Sam se acostumara com aquele relacionamento separado por uma divisão de vidro e plástico. Preocupada, Sam achava que, sem aquele obstaculo, não haveria nada para impedir que os dois se machucassem mutuamente, como ela e Mark haviam feito.
A história se tornou realmente boa para mim depois que ele se tornou livre. A interação de Dennis e Samantha esclareceu muitas coisas e tudo que Dennis fez desde sua soltura foi revelando a sua verdadeira personalidade.
Quando isso acabar, ela pensou, Dennis será diferente. Havia algo naquele lugar que fazia com que seu marido mudasse; e Sam podia sentir que a mudava também.
Não é um livro para pessoas que curtem um mistério, ele é muito explicito desde o inicio, apesar de não dizer as palavras: “eu matei aquelas mulheres” fica muito claro que Dennis é culpado por algo.
Samantha foi uma personagem que me deixou um tanto enraivecida, e na minha opinião ela tem a mesma mentalidade criminosa do ‘marido’ só não chegou ás vias de fato.
Dessa vez, Sam sabia muito bem o que vira. A crueldade a chocou, mas, em retrospectiva, Sam se perguntou se deveria mesmo ter ficado chocada.
Como sempre a edição da Faro está impecável, e apesar de o livro não ter o suspense que prega ele é bem escrito e uma ótima pedida pra quem curte um livro policial sem muitos desafios.
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